Escrevo para me sentir mais próxima de ti


Dói-me o tempo longe de ti, sem a tua presença. Mas é uma dor que não aflige nem chega a causar sofrimento. É-me essencial ao bem-estar habitual e à paz interior que vai brotando. Sinto-me tranquila mesmo sabendo que não estás, pois sei que não irás (a lugar algum) sem mim. Não receio.

Olho em volta, anseio veementemente por ti: chove lá fora, a cama está amenamente confortável na sua metade; a música é agradável, os pensamentos ainda mais! Mas meu corpo revela uma certa carência pelo teu... e deixo-me cativar - atrais-me tal como a força gravítica atrai a massa entre os corpos - liberto-me, em direcção a ti, ao teu encontro. Colidimos, mutuamente, num embate perfeito.
A minha percepção tornou-se subtil, serena e delicada, nesta paixão premonitória. Perfeita na forma como penetra o meu coração de criança inocente.


P.S.: Como o título é sempre a última coisa a escrever, pois não deve ser visto como uma introdução ou rumo exclusivo do texto, mas como que uma conclusão da reflexão. Escrevo para me sentir mais próxima de ti.

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