Archive for junho 2011

prazeres solitários

esta pequena crítica é fruto de uma reflexão esporádica e precoce, que resultou nisto:
toda a gente acha horrível o facto de estar sozinho durante um simples dia. e dizem que o tempo não passa ou parece eterno, quando para mim, nesses dias, o tempo voa.
vou enumerar algumas coisas que, na minha opinião, são únicas e insubstituíveis. pequenos actos e momentos que levam a uma felicidade interior maior que a da própria socialização.
haverá algo que consiga superar o prazer de ler um livro, ao entardecer, sentado à sombra de uma árvore? ou talvez, ultrapassar a felicidade que se atinge ao reflectir sobre a simplicidade da nossa efémera existência, sentado à beira mar? ou então, aqueles momentos memoráveis que nos vêm à cabeça quando ouvimos a nossa música favorita pela noite dentro? para mim a resposta é curta e simples. como é que há tanta gente incapaz de sentir o mesmo?
há tantas coisas que se podem fazer, basta um pouco de criatividade. começo a crer que, neste mundo de criatividade estéril, só os lunáticos sobreviverão. e não percebe o homem que, ao tentar negar e evitar a sua própria loucura, está a perder a melhor parte da sua vida.

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Felizmente há luar!

"Ensina-se-lhes que sejam valentes, para um dia virem a ser julgados por covardes!
Ensina-se-lhes que sejam justos, para viverem num Mundo em que reina a injustiça!
Ensina-se-lhes que sejam leais, para que a lealdade, um dia, os leve à forca!
(...)
Olhem bem! Limpem os olhos no clarão daquela fogueira e abram as almas ao que ela nos ensina!
Até a noite foi feita para que a vísseis até ao fim...
Felizmente − felizmente há luar!"

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Uma companhia...

A noite cai. Nesta casa vazia,
Tão solitária quanto fria.
Resta o meu gato para me confortar...
Devagar, ao meu colo, ele se vem deleitar.

Nos dias cansados de solidão,
Basta uma efémera companhia.
Algo que sobressaia da escuridão
Com o brilho de um novo dia.

Faz-me falta alguém!
Uma pessoa que more além.
Gostava eu que fosse sensível,
E com outro gato, se possível.

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