ontem, dia 14 de maio de 2010, mesmo no fim do dia, já pertissimo da meia noite, eu, o daniel e o davide, encontramos o meu kiko morto. permanecia imóvel na areia sobre o brilho da noite, sem qualquer mancha de sangue. agora a escuridão da morte levara dos seus olhos o verde da vida e da esperança, tinha os olhos tão negros como o seu pelo. toquei-lhe, ainda senti um calor já distante, o que me ajudou a prever que teria morrido talvez à cerca de meia hora atrás. peguei no seu corpo morto, e uma gota de sangue caiu dele, deitei-o na horta onde costumava brincar, uns meses antes, e indiquei à minha avó que o enterrasse pela manhã, naquele mesmo sitio. quando acordei, já só pude ver a terra remexida. guardo daquele gato todas as fotos que consegui tirar, todos os momentos que consegui gravar e que me esforço para nunca mais os esquecer. porque era mais do que um animal de estimação, era uma parte de mim... por ti Kiko, que partiste, deixo este texto. permanecerás para sempre nas minhas memórias

Acontece do inesperado. As primeiras vezes não se idealizam, mas sim acontecem no momento certo. É tudo tão perfeito, a partilha, o momento, as sensações. R*