Archive for janeiro 2010

Obrigada!

Após um tanto ou quanto prolongado internamento (cerca de 17 dias de sofrimento), estou de volta. Apesar de ter tido alta há quase um mês, só agora me senti capaz de relatar a experiência. Foi, sem sombra de dúvida, a pior fase da minha vida. E ainda só percorri metade do doloroso caminho, ou nem isso... Perdi completamente toda a minha autonomia e dependência devido à depressão, psicoses e tudo mais... Falando da depressão (que quase me matou), não é uma doença assim tão leve como se julga. É tanto ou mais pior do que os típicos internamentos e isso reflectiu-se na duração do meu internamento (que até foi curto)... havia doentes com pernas partidas, vítimas de acidentes rodoviários, outros que sofreram cirurgias e, permaneciam cerca de 1 ou 2 semanas, e iam embora. E eu ali, na cama 29 a vê-los partir. Doía tanto. Fiz novas amizades, conheci tristes histórias de vida e aprendi muito naqueles 17 dias, sobretudo que sem auto-controlo, não somos nada! Dependia muito de atenção. Procurava sempre os enfermeiros para dar um abraço, visitava o resto da Pediatria e brincava com as crianças...tudo isto para tentar enganar a ansiedade em vir embora. Tinha inúmeros ataques de pânico diáriamente e era tão díficil controlá-los. As psicoses eram as experiências mais assustadoras que tinha, o Bambi, as sombras, o choro dos bebés...tudo tão assustador. Tentava por vezes, colocar-me no lugar dos estagiários de enfermagem e imaginar o sacrifício que estes faziam para me controlar, para me acalmar... Acho que a minha história deve ter comovido alguns deles, no entanto, fui só mais uma doente internada no Hopistal de São Teotónio.
Fiquei eufórica quando chegou o psiquiatra e me deu alta, a tão esperada "liberdade"...quando sai as portas do hospital, parecia que estava a conhecer o mundo pela primeira vez, de outra forma. Foram tão inesquecíveis os primeiros dias...mas os seguintes já foram mais dolorosos, enfrentar o medo, a solidão e o vazio sem a ajuda e presença dos enfermeiros tornou-se uma batalha complicada, mas que, aos poucos, vou conseguindo ganhar.
Foi também nesta fase que me liguei mais ás pessoas, e, particularmente, a duas delas em especial: a minha mãe e uma amiga muito importante, que me acompanhou durante a evolução da doença e evitou, muitas vezes, o meu suicídio. Ambas me acompanharam durante o internamento, presentes ou não, eu sabia que podia sempre contar com elas... e com todos os outros, colegas e amigos, também. Mas foram elas quem mais me marcaram, em especial a Raquel, e é por ela que escrevo este texto, numa tentativa de agradecimento pelo esforço que fez e pela paciência e persistência que a levaram a não desistir de mim, quando eu mesma já o tinha feito. Obrigada Raquel!

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Nós

Vou-te provar que tudo é verdadeiro! Afastar todas essas inseguranças do teu ser... Escrevo impulsivamente, por ti. Nem sei o que dizer, tudo se foca em ti e na tua leveza... que mais hei-de dizer-te? Já sabes tudo. Levas-me a vida ao paraíso.
Sem ti? Impossível. Por ti? Tudo! Contigo? Mais ainda... Para além de amar-te, tenho a dizer que te amo e sublinho que sem ti não faz sentido, quero-te comigo até ao fim, sempre!

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És o sol, és a luz,
És o destino que me conduz.
És a calma, és o mar,
És tu quem me faz continuar.
És a força, és a paz,
És tu quem me faz ser capaz!

Amo-te! :)

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