Tempo

Tempo…
Como tu passas
Por essas vidas escassas.
Como tu roubas um momento
Do berço materno do sentimento.

Sufocas com a tua permanência,
Imune a qualquer existência,
Os teus segundos fazem nascer,
Os teus dias permitem viver
E os anos que transportas,
Lentamente, me forçam a morrer…
Mesmo sendo eu, memórias já mortas.

E toda esta angústia pela morte,
O tempo que voa e leva a sorte,
A horrível incerteza do fim,
Os dias que se afastam de mim…
E quanto mais perto
Do vazio eu chegar,
Saberei, de certo,
Que a vida está a terminar.

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